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Enfraquecido, PDT perde apoio do PCdoB na Câmara

Um dos principais aliados da ex-presidente Dilma Rousseff durante o processo de impeachment no Congresso, o PCdoB decidiu apoiar oficialmente a candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara. A decisão foi tomada na terça-feira, 17, após uma reunião da bancada –  formada por 12 deputados – e será comunicada nessa quarta-feira, 18, ao PT e PDT pelo líder Daniel Almeida (BA).

Mesmo sem o apoio formal dos partidos de oposição, o PDT lançou nessa terça a candidatura do deputado André Figueiredo (CE). Mesmo sem chance de vitória e com dificuldade de unificar o campo oposicionista, o PDT insiste na candidatura para marcar posição e reforçar a pré-candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto em 2018.

Dividido, o PT ainda discute qual será sua posição oficial. Com 57 deputados e a segunda maior bancada na Casa, o partido tem direito a um lugar na Mesa Diretora.

O deputado federal maranhense Weverton Rocha é o líder do PDT na Câmara e não conseguiu articular o apoio do PCdoB, sigla que tem entre as suas principais lideranças alguns maranhenses, como o governador Flávio Dino. Além do governador, o único da sigla, o secretário de Comunicação Social e Assuntos Políticos do Maranhão, Márcio Jerry tem posto importante no PCdoB. Jerry é membro do Comitê Central (CC) e da Comissão Política Nacional (CPN). Outro comunista maranhense é o deputado federal Rubens Jr. Ele é vice-líder do PCdoB no Congresso Nacional e membro titular da comissão mais importante da Câmara, a de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Além de não contar mais com o apoio do PCdoB na eleição da presidência na Câmara, outra defecção no campo pedetista é a possível saída do senador do lmário Mota. No ano passado, Mota votou a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) enviada pelo governo do presidente Michel Temer que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Mota também votou a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Isso desagradou a cúpula do PDT, que tem o enrolado ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi (fez da pasta em instrumento de extorsão e até recebeu R$ 200 mil de propina numa mochila da Louis Vuitton) na presidência do partido. Além de Mota, outros dois senadores do PDT votaram a favor do texto, entre os quais Lasier Martins (RS), que se desfiliou da legenda ainda em 2016.

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