Para Flávio Dino, Roseana é a adversária ideal: “ela deve disputar”, desafia
Com um índice de rejeição altíssimo nas pesquisas, Roseana Sarney está sendo forçada pela família a ser candidata ao governo. O objetivo é garantir a eleição do ministro Sarney Filho ao senado.
O grupo Sarney sabe que precisa de uma candidatura competitiva ao Palácio dos Leões para assegurar uma das vagas ao senado. Roseana, como o nome mais forte do clã, está sendo convencida a ir ao sacrifício para sobrevivência da oligarquia, mesmo sabendo que a derrota para Flávio Dino é iminente.
Só que a filha de Sarney não quer correr o risco de encerrar sua carreira política com uma derrota. Por isso, reluta até agora em anunciar oficialmente que concorrerá outra vez ao governo (ora, a pouco mais de um ano da eleição Roseana já deveria está em pré-campanha, porém o medo de perder para Dino a impede de anunciar que é candidata). Enquanto isso, vai ganhando tempo diante da pressão da família. Caso abdique do sacrifício imposto, Roseana sabe que perderá o protagonismo do grupo com o surgimento de novas lideranças na família, entre as quais Adriano Sarney.
Já para Flávio Dino, ter Roseana como adversária é o ideal. O comunista acredita que a comparação entre os dois governos o favorecerá, tendo em vista que as gestões da Branca foram marcadas pelo atraso, miséria e muita corrupção. As pesquisas mostram que a população prefere continuar com o que está a retroceder.
Roseana deixou o Maranhão nas últimas colocações em avanço e desenvolvimento, com altos índices de violência e os piores indicadores sociais.
Em entrevista concedida ao portal UOL no mês de maio deste ano, o governador Flávio Dino comentou sobre a possibilidade de enfrentar a ex-governadora Roseana Sarney na eleição do próximo ano. “Acho que, se ela tem vontade, deve disputar, é bom para o Estado”, afirmou Dino.
Questionado se gostaria de enfrentar a filha de Sarney, Flávio Dino respondeu:
“Eu acho que qualquer resposta que der é inócua. Não sou eu que vou definir. Que é o ‘sarneyzismo’ nosso maior adversário, não há dúvida. Eles mantêm uma agenda política importante no país e no Estado; têm meios de comunicação, parlamentares. São a principal força política da oposição. E eles têm síndrome de abstinência, têm muita falta das coisas que o poder possibilitava a eles. E manifestam isso diariamente, que têm muitas saudades dos privilégios e vão tentar restabelecer o governo de privilégios, porque era bom para eles”, declarou o comunista.
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