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Não preciso do aval de Alckmin, diz Doria ao aceitar disputar governo

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), confirmou o que há muito já se especulava: é pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB na eleição deste ano. Em evento para formalizar sua inscrição nas prévias, que ocorrerão no próximo domingo, 18, o tucano acenou a adversários e se esforçou para apresentar sua postulação como um desejo do partido, e não dele.

“Eu fico sensibilizado com esse movimento, que nasceu dos diretórios e da militância”, afirmou, citando o documento com pouco mais de 1.800 assinaturas de delegados tucanos em seu favor. “Eu não pedi a ninguém que assinasse. Não reivindiquei, mas estou aqui, como um militante do PSDB”, completou.

O prefeito se esquivou de responder se temia rejeição por aceitar deixar o cargo apenas um ano e três meses depois de eleito para administrar São Paulo. “A nossa gestão na Prefeitura sempre foi uma gestão coletiva, não foi individual. É a soma do trabalho do João Doria com o [vice-prefeito] Bruno Covas e uma brilhante equipe de trabalho”, desconversou. Ele ainda argumentou que, como governador, poderá ajudar a capital. “Estar em São Paulo é ajudar São Paulo.”

Questionado se tinha aval de Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato do partido à Presidência da República, que não estava presente ao evento, o prefeito disse que o governador respeitará a decisão da legenda. “Eu não preciso de aval do governador, eu preciso do aval do PSDB.”

Apesar da declaração de independência, o prefeito fez um afago a Alckmin, definindo a vitória do pleito presidencial do governador ao Planalto como “objetivo maior”. “Eu não quero que os meus filhos e os filhos do Brasil tenham ao final de uma eleição no segundo turno um candidato de extrema-esquerda e outro de extrema-direita”, disse, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ).

Em sua fala, Doria procurou acenar aos demais postulantes das prévias. “Nosso adversário não está no PSDB”, afirmou. Ele ainda fez questão de excluir o vice-governador Márcio França, pré-candidato do PSB, da rivalidade e retomou o discurso antipetista, que o consagrou em 2016. “O grande adversário de São Paulo e do Brasil é o PT.”

Apesar de dizer que só se tornou candidato nesta segunda-feira, o prefeito afirmou que já está acertada uma aliança com o PSD, do ministro Gilberto Kassab, que indicará o nome do candidato a vice-governador. Questionado se o cargo será do ex-prefeito paulistano, ele disse que é um dos cogitados, ao lado do ex-vice-governador paulista Guilherme Afif Domingos (na gestão Alckmin) e da ex-vice-prefeita de São Paulo Alda Marco Antonio (na gestão Kassab).

Além de Doria, devem disputar as prévias pela indicação do PSDB o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, o cientista político Felipe D’Avila e o ex-senador José Aníbal. (Veja)

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