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Lula chama Renan e Sarney para salvar Dilma do impeachment

Depois de se reunir na noite da véspera com sua sucessora e alguns ministros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem encontro, nesta quarta-feira (9), com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney, em uma tentativa de manter o PMDB na base aliada do governo Dilma Rousseff, que vive seu pior momento desde o fim das eleições, em outubro de 2014.

Conforme conta o jornal O Globo, cresceu a preocupação do Planalto com o processo de impeachment à medida em que a percepção de que aliados poderão desembarcar ganha força.

As ações de Lula se dão em um contexto de possível afastamento do principal partido da base a partir da convenção nacional deste fim de semana. O ex-presidente tenta construir maior diálogo com os principais interlocutores peemedebistas no Senado, vislumbrando o ganho de poder da bancada no processo do impeachment.

Na manhã de ontem, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini reuniu líderes da base e fez um apelo para a necessidade de tirar a “faca do pescoço” do governo. Na avaliação do ministro, o governo costuma ter entre 280 e 300 votos nas votações da Câmara, o que mostra a disposição dos líderes governistas de votar o processo o quanto antes. (Infomoney)

De acordo com o jornalista Renato Rovai, Há uma grande quantidade de parlamentares do PT defendendo que Lula se torne ministro, inclusive para que deixe de ser presa fácil do juiz Sérgio Moro.

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Tanto os ministros Jacques Wagner como Ricardo Berzoini já defendem há algum tempo que o ex-presidente assuma um ministério.

E ambos podem estar buscando convencê-lo disso. Mas não só eles. A presidenta Dilma teria sido convencida de que essa é a saída para dar novo gás ao seu governo.

A conversa com Renan e Sarney também tem a ver com isso. Lula quer o PMDB junto ao governo em qualquer hipótese. E se eles lhe disserem que a única hipótese seria sua entrada no governo, Lula pode aceitar.

Para que ministério Lula iria?

Há muito boato, mas na verdade só existem dois lugares de fato que podem abrigá-lo. Um é a Casa Civil e neste caso Jacques Wagner iria para a Justiça. E outro o ministério das Relações Exteriores.

De qualquer maneira, o movimento de Lula no governo passaria por um acordo a sério com o PMDB. E, neste caso, isso teria de incluir Temer.

Para que o vice-presidente seja convencido, já se ventilou a hipótese de que lhe seja oferecido o ministério das Relações Exteriores. Com tudo isso, a governabilidade ainda estaria debilitada, mas poderia se ganhar tempo, algum respiro.

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