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Lobão é investigado em inquéritos da Lava-Jato

O senador Edison Lobão (PMDB-MA), indicado por seu partido para ser o novo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante do Senado, é investigado em quatro inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Dois deles apuram a participação do parlamentar no esquema de corrupção instalado na Petrobras e desvendado pela Lava-Jato. Outros dois são desdobramentos da operação e investigam irregularidades na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Um dos inquéritos da Lava-Jato contra Lobão também investiga os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, e o advogado Tiago Cedraz, filho do também ministro do TCU Aroldo Cedraz. A Polícia Federal (PF) apontou que Lobão acertou em 2014 uma propina de R$ 30 milhões com Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, para financiar campanhas do PMDB. Na época, Lobão era ministro de Minas e Energia. Após ser preso, Pessoa se tornou delator e passou a colaborar com as investigações.

O segundo inquérito investiga vários senadores do PMDB e pessoas associadas por quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O STF chegou a abrir mais dois inquéritos na Lava-Jato contra Lobão, mas eles foram arquivados por falta de provas.

Lobão se defende das acusações e diz que não causa “constrangimento” o fato de ser investigado na Lava-Jato. O senador disse ontem que a investigação não deve “molestar a ninguém” e que é uma oportunidade de se defender de “alegações caluniosas”.

Antes mesmo de se tornar relator da Lava-Jato, Fachin já cuidava dos processos de Belo Monte que surgiram a partir da operação. Em um desses inquéritos, Lobão é o único investigado. No outro, também aparecem os nomes dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Romero Jucá (PMDB-RR). Eles são suspeitos de receber propina em decorrência dos contratos firmados para a construção da usina de Belo Monte, no Pará.

As suspeitas sobre Lobão surgiram a partir de duas delações premiadas: a de Luiz Carlos Martins, ligado à construtora Camargo Corrêa, e a do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS). No depoimento, Martins apontou apenas Lobão como beneficiário do esquema. Em seguida, Delcídio acrescentou os nomes de Renan, Jucá, Raupp e Jader.

Além dos inquéritos, o Ministério Público conduz apurações prévias sobre a suposta participação de Lobão em uma holding nas Ilhas Cayman, para obter facilidades junto aos fundos de investimento controlados pelo governo federal. No pedido encaminhado ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou que precisava realizar diligências antes de decidir se pede ou não abertura de inquérito. Com informações de O Globo.

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