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Lista da Lava Jato que ainda está sob sigilo pode incluir Roseana

O jornal O Estado de S. Paulo desta semana trouxe uma manchete que fez estremecer a família Sarney – e particularmente a ex-governadora Roseana. O jornal conta que boa parte das delações da Odebrecht ainda está sob sigilo, ou seja, muitos conteúdos explosivos vão surgir.

Um personagem que aparece como figura-chave das delações é João Pacífico, operador da propina da Odebrecht. E ele envolveu justamente Roseana Sarney em uma das delações que fez à Justiça.

O temor da família Sarney é o de que, no material sob sigilo, esteja essa denúncia contra Roseana. Isso explicaria o motivo de a ex-governadora não aparecer na lista liberada neste mês pelo Supremo Tribunal Federal.

A revelação de que Pacífico acusou Roseana na delação foi feita pela revista Veja no mês passado. “Quem assistiu ao depoimento diz que Roseana Sarney, Marconi Perillo e até o falecido Eduardo Campos saem mal”, afirmou a coluna Radar, da Veja, no dia 11 de março.

Segundo o Estadão, a lista sob sigilo foi preservada para não atrapalhar as investigações. O conteúdo pode ser liberado a partir de junho.

A apreensão dos Sarney com a lista também explicaria a tentativa que eles vêm fazendo de ligar o governador Flávio Dino à Odebrecht, mesmo a partir de uma tese recheada de contradições e sem provas. Seria uma forma de se antecipar e desviar o foco da bomba que está por vir.

SARNEY

Em uma investigação que apura o pagamento de propina em obras da ferrovia Norte-Sul, o ex-presidente José Sarney é apontado por delatores da Odebrecht como beneficiário de repasses que somam quase R$ 800 mil, no que foi identificado até o momento na ‘Planilha da Propina’ da empreiteira.

Os repasses a José Sarney eram feitos a pessoas supostamente ligadas a ele pelos codinomes ‘Bob Marley’, ‘Trio Elétrico’ e ‘Quatro Queijos’. A revelação dos apelidos na planilha da propina da Odebrecht gerou um frenesi entre os membros do grupo Sarney. Apreensivos, sarneisistas da cozinha da família temem que os seus nomes venham a ser revelados, que pode ser desde pessoas que desfrutam da intimidade e confiança de Sarney a políticos do grupo (deputados, ex-deputados, prefeitos, ex-prefeitos, ex-ministros e senadores).

De acordo com o ex-executivo da Odebrecht Pedro Carneiro Leão Neto, os pagamentos eram feitos a Ulisses Assad, então diretor da Valec, que se referia a José Sarney como ‘o Grande Chefe’ e ‘Bigode’ para solicitar a propina na obra.

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