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Gilmar Mendes quase chega às vias de fato com Nicolao Dino, irmão de Flávio Dino

O intervalo da sessão de ontem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que absolveu o presidente Michel Temer no processo de cassação da chapa formada por ele e Dilma Rousseff nas eleições de 2014, convocado para acalmar os ânimos, acabou por acirrá-los ainda mais. Na sala de togas, uma espécie de sacrista do tribunal, o presidente do TSE Gilmar Mendes partiu literalmente para cima do subprocurador Nicolao Dino, por ter este arguído o impedimento do juiz Admar Gonzaga, ex-advogado de Dilma.

Aos gritos e de dedo em riste, na presença de outros juízes, Gilmar dirigiu-se a Nicolao Dino:

— Você deveria ter mais escrúpulos. Seu irmão (o governador do Maranhão, Flávio Dino), a quem eu respeito muito, está sendo vítima desse conluio do Ministério Público com delatores, acusado injustamente de ter facilitado projetos de interesses de empreiteira, o que não é verdade. E você vem com essa palhaçada de querer atacar um juiz desta Corte. O processo está aí há bastante tempo e você vem arguir logo agora na hora da votação? É preciso ter um mínimo de hombridade.

Perplexo, Nicolao Dino tentou se defender, mas, diante da exaltação de Gilmar, optou pelo silêncio.

VOTO DECISIVO DE GILMAR A FAVOR DE TEMER

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, deu o voto decisivo para desempatar o julgamento e livrar o presidente Michel Temer de ter o mandato de cassado em sessão do tribunal nesta sexta-feira, 9. O placar terminou em 4 a 3.

Como já era esperado, Gilmar votou pela absolvição do peemedebista e, por tabela, a manutenção da elegibilidade da ex-presidente Dilma Rousseff, que encabeçava a chapa em 2014.

Próximo ao Palácio do Planalto, Gilmar argumentou que “não se substitui um presidente da República a toda hora, ainda que se queira”. Para ele, isso não se trata de “fricote processualístico”, mas sim do equilíbrio do mandato. “A Constituição valoriza a soberania popular, e não de acordo com a nossa vontade. A cassação de mandatos deve acontecer em situações inequívocas”, disse. (Com informações do blog do Moreno)

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