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Envolvida em denúncias de corrupção, família Sarney tem futuro político indefinido

O grupo Sarney segue indefinido quanto à refrega eleitoral do próximo ano. O clã ainda não definiu os nomes que disputarão o governo e o senado, apesar das especulações de que Roseana Sarney pode enfrentar o governador Flávio Dino e o ministro Sarney Filho disputar uma das vagas da Câmara Alta.

Receosa de encerrar sua carreira política com derrota, Roseana ainda não declarou oficialmente que será candidata a governadora. As verdadeiras pesquisas indicam uma alta taxa de rejeição ao nome Sarney. No grupo, avalia-se a possibilidade de lançar Roseana ao senado e Zequinha – ou outro membro do clã – para o governo, apenas para cumprir tabela. O objetivo seria assegurar pelo uma das vagas de senador com Roseana.

Já o ex-senador José Sarney também pensa em um mandato. Sem força e prestígio político, o oligarca estuda concorrer ao senado novamente pelo Amapá. Porém, avalia com seus correligionários se tem chances de vitória.

Além do desgaste, outro fator que prejudica Roseana, José Sarney e Zequinha é o envolvimento dos seus nomes em denúncias de corrupção.

Sarney enfrenta denúncias que podem levar a justiça a impedir uma eventual candidatura sua ao senado no Amapá, caso condenado. Em uma investigação que apura o pagamento de propina em obras da ferrovia Norte-Sul, o ex-presidente José Sarney é apontado por delatores da Odebrecht como beneficiário de repasses que somam quase R$ 800 mil, no que foi identificado até o momento na ‘Planilha da Propina’ da empreiteira.

José Sarney é citado também – 49 vezes – na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O delator diz ter direcionado propina de R$ 18,5 milhões a Sarney nos anos em que chefiou a estatal (2003-2014). Segundo Machado, Sarney recebeu R$ 16 milhões em dinheiro vivo proveniente da Transpetro.

Roseana, por sua vez, é ré por um rombo de 1 bilhão nos cofres estaduais decorrente de um esquema de fraudes em concessões de isenções fiscais que ocorreu na sua gestão, segundo denúncia do Ministério Público do Maranhão. Ela pode ser condenada a pelo menos 6 anos de prisão. A denúncia foi feita pelo promotor Paulo Roberto Barbosa Ramos no último dia 21 de outubro.

De acordo com informações divulgadas na grande imprensa, no sistema de pagamentos de propinas montado pela Odebrecht, a ex-governadora Roseana é tratada pelo codinome “Princesa”. Ela não está sozinha na lista. Os irmãos Sarney Filho e Fernando Sarney são chamados, respectivamente, de Filhote e Filhão. As apurações seguem em sigilo.

Os documentos vêm aumentando o temor da família Sarney de que eles estejam na lista de políticos ainda sob sigilo da Lava Jato. Há uma série de investigações que ainda não foi divulgada e que vai implicar mais nomes. E a definição sobre o futuro político dos Sarneys vai depender da conclusão das investigações.

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