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Dias antes da crise, Sarney Filho chama Temer de “governo da salvação nacional”

A declaração da semana passada do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), não poderia cair pior em meio ao iminente afastamento do presidente Michel Temer (PMDB). Na última sexta-feira (12), durante evento em uma fazenda de soja, no município de Buriticupu, Sarney Filho chamou a gestão Temer de “governo da salvação nacional”.

Ele esteve em Buriticupu para prestigiar o lançamento da primeira colheita da Fazenda Santo Antônio, de propriedade do Grupo Scheffer, produtor agroindustrial de soja do Mato Grosso.

Aos cerca de 1,5 mil trabalhadores do grupo Scheffer que participaram do evento, Sarney Filho destacou as mudanças do governo Temer, que ele chamou de positivas, e frisou a necessidade da aprovação das reformas trabalhistas e da Previdência propostas pelo presidente, apesar de 70% dos brasileiros repudiarem as mudanças, conforme revelou pesquisa Datafolha de maio de 2017.

O ministro só não contava que em menos de uma semana após tecer elogios exacerbados a gestão Temer em Buriticupu, o nome do presidente fosse parar na capa de jornais de todo o mundo, acusado de supostamente ter dado o aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com o objetivo de atrapalhar as investigações da Lava Jato.

O escândalo veio à tona após o jornalista Lauro Jardim divulgar que, em delação premiada, controlador do frigorífico JBS entregou ao Ministério Público Federal (MPF) gravações nas quais registra pedidos de propina do presidente Michel Temer.

Desafeto entre ambientalistas

Zequinha Sarney – como também é conhecido – foi alçado ao cargo de ministro assim que Michel Temer assumiu o governo, após o controverso processo de impeachment que retirou Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República.

Ambientalistas de todo o país vêm demonstrando indignação com a Lei Geral de Licenciamento Ambiental proposta pelo ministro Sarney Filho. Caso seja aprovado, o projeto deve isentar o agronegócio da necessidade de licença, reduzir o papel da Fundação Nacional dos Índios (Funai) nos processos e enfraquecer a proteção ambiental no Brasil.

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