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Comentário do leitor sobre reportagem do Jornal Nacional

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Vendo a reportagem do Jornal Nacional sobre a hemodiálise no Maranhão nesta terça-feira, deparei-me com mais um exemplo de quanto o estado passou décadas sendo desrespeitado, para não utilizar palavras mais fortes. O sofrimento de pessoas que precisam encarar quilômetros de estradas para realizar sessões de hemodiálise foi mostrado na emissora mais importante do país. Um sofrimento que por décadas existe em várias regiões deste extenso Maranhão.

Como se já não bastasse a condição clínica que infelizmente estão, têm seu estado de saúde agravado por estas longas viagens de aproximadamente 400 quilômetros para ir e mais 400 para voltar.

São pessoas que por anos foram usurpadas de um de seus direitos básicos, a saúde. Por vezes, perderam suas vidas devido a falta de assistência médica adequada próxima de suas residências, de seus familiares, onde poderiam ter a chance de receber mais apoio de quem os amam.

Tais condições são lamentáveis, só poderão ser resolvidas em longo prazo, ainda mais em um período de crise por qual passa o país. Mas elas levantam um debate sério: o quanto o povo maranhense foi relegado, tanto que ainda hoje, em pleno século XXI, ainda ostenta alguns dos piores índices de desenvolvimento humano.

Qual a solução para estes casos em específico? Não existe uma, mas um conjunto estratégico de ações que só podem dar certo se forem desenvolvidas de forma conjunta. Uma destas é o atendimento por meio de grandes hospitais em cada região do Estado, evitando ao menos que estas pessoas que sofrem tanto sejam expostas a longas viagens.

Isto é novo? É a descoberta da pólvora? Não. Há muito se sabe que está é uma das melhores alternativas. Mas por que nunca foi colocada em prática até então? Por que os gestores que ‘por décadas’ tiveram estas responsabilidades não a trabalharam? Este é um longo debate que respostas aparecerão apenas com o tempo.

Por enquanto, a construção e inauguração de grandes hospitais regionais, tais como observamos hoje no Maranhão, devem ao menos possibilitar um atendimento mais próximo a cada um daqueles que precisar, sem que seja necessária uma via crucis até a capital.

O debate é sério e como tal só pode ser resolvido com ações de mesma natureza, sem demagogias e denuncismos que queiram passar a ideia de inéditos.

João Bonifácio Araújo

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