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Combate ao feminicídio é tema de caminhada pelo centro de São Luís

Mobilização marcou encerramento da campanha neste ano

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Membros do MPMA participaram da caminhada

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Concentração foi em frente à Biblioteca Benedito Leite

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Estudantes alertaram sobre a violência doméstica

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Amigas e familiares de Domingas Ladyelle Maciel, vítima de feminicídio, protestaram contra o assassinato

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Caminhada reuniu centenas de estudantes de diversas escolas da capital

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Evento fez alusão à campanha internacional

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Mariana Costa, morta no ano passado em São Luís, também foi lembrada por sua irmã que pediu Justiça

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Gilberto Câmara, vice-presidente da Ampem, também participou do evento

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Centenas de pessoas percorreram a Rua Grande

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Selma Martins destacou aumento das denúncias após o início da

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O encerramento das atividades da campanha “Maria da Penha em Ação”, em 2017, foi realizado na manhã desta sexta-feira, 24, com uma caminhada pelo Centro de São Luís. Centenas de estudantes, das escolas da rede estadual existentes na capital, participaram da ação, além de professores e gestores da área. Também acompanharam o ato autoridades do Ministério Público do Maranhão, do Executivo estadual e representantes da sociedade civil organizada.

Neste ano, a caminhada teve como tema o combate ao feminicídio e fez alusão à campanha internacional “16 dias de ativismo no combate à violência contra a mulher”.

Esta foi a sexta edição da campanha e da passeata que teve como ponto de partida a área em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, na Praça Deodoro. Depois, atravessou toda a Rua Grande, a principal via comercial da cidade, tendo encerrado as atividades no Largo do Carmo.

Durante toda a ação, animada pela Banda do Bom Menino, estudantes carregaram faixas com mensagens sobre o tema e gritaram palavras de ordem. Autoridades e gestores também se manifestaram sobre o tema.

Idealizada pela promotora de justiça Selma Regina Souza Martins, a campanha é promovida pelas Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher de São Luís junto às redes públicas de ensino, com os objetivos de conscientizar os jovens sobre o problema, estimular a denúncia e prevenir a violência contra mulher.

Além de Selma Martins, participaram do ato os promotores de justiça José Augusto Cutrim Gomes (de Defesa do Idoso de São Luís), Gilberto Câmara França Júnior ( vice-presidente da Associação do Ministério Público do Maranhão – Ampem e titular da 12ª Promotoria de Substituição Plena) e Sandra Soares de Pontes (Assessoria Especial da PGJ).

De acordo com idealizadora da ação, os efeitos positivos da campanha já podem ser constatados pelo aumento do número de processos referentes à violência contra a mulher, que tramitam na capital do Maranhão. “No momento, existem 9 mil processos e medidas protetivas. Quando assumi a Promotoria, há cinco anos, existiam somente 400”, explicou Selma Martins, referindo-se ao resultado do estímulo à denúncia dos casos de violência contra a mulher.

A promotora de justiça também destacou a forte adesão dos estudantes à campanha. “Esse trabalho cresce a cada ano. Hoje em dia, nas escolas, os temas Maria da Penha e feminicídio são amplamente debatidos, sem a necessidade da nossa orientação direta”, enfatizou.

Sobre a caminhada, a titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher ressaltou a relevância da participação de outros membros do MPMA no ato. “Estas presenças são muito importantes, porque demonstram que o Ministério Público está de mãos dadas fortalecendo a campanha e está atuando junto à população, fora dos gabinetes”.

Além de integrantes do MPMA e das escolas, estiveram presentes representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Delegacia da Mulher, Secretaria de Estado da Mulher, Patrulha Maria da Penha e de toda a Rede de Proteção à Mulher.

MULTIPLICADORES

Para a estudante Aline Maria Oliveira, 17, da escola Maria José Aragão, localizada na Cidade Operária, a campanha é de grande valor para diminuir os casos de agressão contra a mulher. “A participação dos alunos é muito importante, porque é uma forma de ajudar a multiplicar a campanha”, ressaltou.

Opinião semelhante teve Paloma Vanessa Marques, 16, da escola Paulo VI, da Cidade Operária. “Esta campanha é uma grande oportunidade para os alunos ajudarem na conscientização sobre o problema da violência contra a mulher”.

O aluno Gustavo Castro, 15, da escola Vila Maranhão, do bairro homônimo, também afirmou que a ação é necessária para conscientizar os jovens para não tolerarem agressões contra as mulheres. “Ajudo a discutir estas questões com os colegas. Não podemos aceitar a violência contra a mulher”.

Participaram do ato estudantes das escolas Humberto de Campos (Bairro de Fátima), Paulo VI (Cidade Operária), Sousândrade (Lira), João Pereira Martins (Cidade Operária), João Francisco Lisboa (Centro), Vila Maranhão (Vila Maranhão), Geraldo Melo (Cohab), Fernando Perdigão (Monte Castelo), Maria José Aragão (Cidade Operária), Cidade de São Luís (Cohab), Inácio Rangel (Cidade Operária), Lara Ribas (Santa Cruz), Pedro Álvares Cabral (Cidade Operária), Vicente Maia (Anjo da Guarda), Bernardo Coelho de Almeida (Centro), Mario Martins Meireles (Pedrinhas), Anjo da Guarda (Anjo da Guarda) e Sotero dos Reis (Centro).

16 DIAS

A campanha mundial “16 dias de ativismo no combate à violência contra a mulher” surgiu em 1991, lançada por mulheres de 23 países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres, com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.

O período escolhido compreende o intervalo entre 25 de novembro, declarado pelo I Encontro Feminista da América Latina e Caribe, em 1981, como o Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres, e o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Atualmente, cerca de 130 nações participam da campanha.

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