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Atentados contra José Sarney

Por José Gomes (Gojoba)

O ilustre e grande jornalista Benedito Bogea Buzar, da mais alta estima, aproveitou o atentado ao deputado Jair Bolsonaro para escrever sobre atentados ao ex-senador Zé Sarney. Lembrou o atentado no Rio de Janeiro, em janeiro de 1987, quando o ônibus em que viajava com sua comitiva foi atacado por “fanáticos do PT, PDT e CUT”, escreveu Buzar na sua coluna RODA VIVA de hoje (15/9) no jornal Estado do Maranhão. Tudo bem, não vou dizer nada sobre esse ” atentado”.

NA BELIRA
Mas, como dizem os juristas, peço licença ao historiador BBB para discordar do “atentado” que o então governador José Sarney teria sofrido durante um comício na rua Guimarães Passos, em 8 de novembro de 1967.

Diz Buzar que Sarney estava no “auge de sua popularidade”. Não estava. O descontentamento contra Sarney era crescente, principalmente por conta do atraso do pagamento do funcionalismo.

Mais adiante o grande jornalista Buzar diz que Sarney estava em um palanque. Não estava. Era uma carroceria de caminhão improvisada como ” palanque”.

Na sua narrativa uma das lendas do jornalismo maranhense diz que “Sarney teve de interromper o discurso pela súbita invasão do palanque por um jovem alto e moreno, que empunhando uma faca, aproximou-se do governador e anunciou em altos brados: Sarney tu vais morrer agora.

Não teve nada disso.

Antônio Araújo Jesus Filho não era alto. No máximo 1m60.

Ele não invadiu o palanque. Ele gritou no meio da multidão que Sarney ia morrer brandindo uma faquinha de descascar laranja.

Foi ele gritar e João Alberto que estava próximo gritou mais alto, dizendo que queriam matar Sarney.

Criada a confusão Mundinho Guterres saiu carregando Sarney, como bom puxa saco que era. E no dia seguinte foi a manchete dos jornais e assunto o dia inteiro nas emissoras de rádio.

Absolvido pela Justiça Militar, Antônio Araújo de Jesus Filho retornou para sua residência, na rua César Aboud, no bairro da Vila Bessa aonde morreu em 2014.

Sarney, depois do ” atentado”, readquiriu um pouco o prestigio.

Como dizia o poeta Gonçalves Dias: Meninos eu vi essa pataquada do atentado a Sarney na Belira.

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