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Assembleia do MA homenageará cantora Alcione Nazaré e deputados mortos em acidente aéreo

Foi aprovado, na sessão desta quinta-feira (21), os Projetos de Resolução Legislativa 004 e 019/19, que dispõem sobre a entrega da Medalha Manuel Beckman à cantora Alcione Nazareth e, “in memoriam”, medalhas aos deputados Jean Carvalho, Valdir Jorge e João Silva, mortos em acidente aéreo.

O deputado Ciro Neto (PP) é o autor da comenda aos três deputados, que morreram no exercício do mandato, durante acidente aéreo ocorrido no dia 25 de março de 1996, quando se deslocavam para o município de Imperatriz para participar das sessões plenárias da Assembleia Itinerante.

Alcione

A homenagem à cantora Alcione Nazareth, que também é compositora e instrumentista, foi proposta pelo deputado Wendell Lages (PMN). “Alcione Nazareth é, sem dúvida, uma das maiores artistas maranhenses, sendo grande incentivadora e divulgadora da cultura de sua terra em todo o mundo. Portanto, nada mais justo do que esta Casa prestar homenagem a ela, que engrandece a cultura do nosso Estado”, disse Wendell Lages, acrescentando ainda que, em sua galeria de troféus, Alcione  tem títulos e honrarias que poucos artistas conseguiram obter ao longo de suas carreiras.

Ligada ao Carnaval, foi uma das fundadoras da Escola de Samba Mirim Mangueira do Amanhã, da qual é presidente de honra. Já ganhou 25 Discos de Ouro, 7 de Platina, sendo dois de Platina Duplo, 3 DVDs de Ouro e 1 DVD de Platino.

Biografia

Alcione Dias Nazareth, denominada carinhosamente de “Marrom” e “Rainha do Samba”, nasceu em São Luís do Maranhão no dia 21 de novembro de 1947. É a quarta de nove filhos do casal João Carlos e Felipa. Por influência do pai, policial e integrante da banda de sua corporação, viu-se desde muito cedo inserida dentro de um ambiente musical. Foi também o pai quem lhe ensinou a tocar diversos instrumentos de sopro, como trompete e clarinete.

Desde os 9 anos, já tocava em festas de amigos e familiares. Sua primeira apresentação profissional foi aos 12 anos, na Orquestra Jazz Guarani, regida por seu pai, quando precisou substituir o crooner da orquestra que estava rouco. Na ocasião, cantou as canções “Pombinha Branca” e o fado “Ai, Mouraria”.

Aos 18 anos, formou-se professora primária na Escola do Curso Normal. Lecionou por apenas dois anos, quando foi demitida porque estava ensinado seus alunos a tocar trompete e essa atitude acabou desagradando a direção da escola. Após a demissão, passou a dedicar-se exclusivamente à música. Conseguiu, então, uma vaga em um sorteio e passou a apresentar-se na TV do Maranhão. Além de cantar na TV, também se apresentava em bares e boates de várias cidades.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1967. Com a ajuda de seu amigo Everaldo, começou a cantar em boates de bares daquela cidade. Por meio de programas de calouros, foi chamada para fazer apresentações. Venceu as duas primeiras eliminatórias do programa A Grande Chance, de Flávio Cavalcanti. Nessa mesma época, conseguiu fazer um teste de voz na TV Excelsior e passou com boa colocação. Assinou, então, seu primeiro contrato profissional, apresentando-se no programa Sendas do Sucesso. Após seis meses, realizou uma turnê de quatro meses pela América Latina.

Logo em seguida, recebeu uma proposta de turnê pela Itália e mudou-se para a Europa, residindo por lá durante dois anos. Já se apresentou nos mais prestigiosos palcos do Brasil e do mundo.

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